tag:blogger.com,1999:blog-76374973401919747652024-03-05T11:07:56.284+00:00SUAVEembloglioMikahttp://www.blogger.com/profile/04528823876102863859noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-73097003257029233792011-01-27T01:32:00.001+00:002015-05-08T17:57:49.571+01:00Sétima +<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Seja sétima, a maior arte de ver... ouvir... sentir...</span></span><br />
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;">Saboreio-te em oitava, vestida no branco que te despe... raro momento em que o suor se evapora por entre os teus dedos...e me tocas, tocando-me de olhos fechados pelas teclas que sabes de cor entre o escuro e a luz sonante... </span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;">... sei que vais ficar sentada depois desse trecho, de mãos a prender os dedos nas últimas notas tocadas, durante os segundos que te prendem ao tempo estático... e o lençol negro a escorrer-se da tua pele...</span></div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;">... recomeça, uma outra vez... agora ao piano, a solo, no teu tema preferido... outro múltiplo teu...</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/hdWLwRexMRA/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/hdWLwRexMRA?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-19600418587242382452010-04-26T01:38:00.002+01:002010-04-26T12:42:20.883+01:00Silêncios...em ti.<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Abriste a porta e entrei. Segui-te a passos curtos o odor que emanavas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Senti-te perto e deste-me a provar-te. Tacteando com as mãos gestos vagarosos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Desejos, palavras, emoções de primeira vez.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Tocámos, beijámos, sentimos, gostámos, descansámos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nessa noite no caminho de volta memorizei cada pedaço teu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Depois senti-te de novo por inteiro, entrando e aquecendo-me em ti.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Roubei-te o sussurro consentido. E o teu agarrares-me com medo que fugisse.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Tornei quadro preferido, atracar-me às tuas coxas e prender-me para sempre em ti.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sentir-me de olhos fechados, contigo sentada sobre o meu rosto, numa humidade tropical, a descobrir uma cor de outra dimensão.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E não menos saboroso que tudo, o que afinal foi tão pouco, o aninhar-me em ti como duas peças perfeitas do puzzle em extase de reciprocidade .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Guardo os teus olhos, abertos, depois fechados confundindo-me a boca nos teus lábios.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E ficarmos nesse beijo...sempre.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> (2007)</span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-45263403262121316092010-01-07T13:01:00.001+00:002010-04-25T01:14:28.149+01:00Desafiante<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjyGQxuzAzkfkPm7uDjsFLBjccJvg5K-y5dZgVLVqnTScLP03-2zbWfOEclWZ0YOy7R4d-KXoGH75vin2dBLiFBS9ND3NXyyA7n9Uz7SUSsyUv-VYjYdFfOAYvdbsaGYEQJdES1RjqZs/s1600-h/len%C3%A7ois.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjyGQxuzAzkfkPm7uDjsFLBjccJvg5K-y5dZgVLVqnTScLP03-2zbWfOEclWZ0YOy7R4d-KXoGH75vin2dBLiFBS9ND3NXyyA7n9Uz7SUSsyUv-VYjYdFfOAYvdbsaGYEQJdES1RjqZs/s320/len%C3%A7ois.jpg" /></a></div> <span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; font-size: xx-small;">Foto: Mika</span><br />Vivido o estado de desejo, percorrido outro milímetro excitante do universo preliminar sublime, chegamos em fermata longa ao planalto eleito.<br />Envulvas-me de olhos fechados sabendo todos os caminhos de cor tornando o escuro vontade num apurar de sentidos. Agarramo-nos às mãos e as mãos à cama e deixas cair os cabelos no meu peito durante uma dança em ritmo lento de pressa do durar. E o tempo perde-se do tempo e nós dele..Inicias a subida tornando o Evereste um tímido monte de Vénus... Marte?Naquele durante ascendente em que fazes toda a escala de Rister parecer apenas um tremer tímido no meio d’O terramoto que pressentes chegar quase a chegar ali tão perto de chegar ...e... que te abala que nos abala violentamente rindo de qualquer teoria céptica a propósito do Bigbang ... e continuas a subir desmitificando o sétimo céu numa ascensão que me ensurda com o teu grito de silêncio no olhar trocado... e o teu corpo replica vezes racionalmente incontáveis... e amazona invocas de braço no ar um maremoto de prata... que te inunda e afoga...Num abraço devolvemo-nos ao síncrono fechar de olhos até à bandeira branca que deixamos a quatro mãos no cimo tranquilo de outro cume a cada vez mais alto.. a cada vez mais perto de tornar-se longe...mais... desafiante.Unknownnoreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-63790602077479667832009-11-07T16:31:00.001+00:002010-04-25T01:07:14.578+01:00Noites Lisboetas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4fAic3j82DnqZs4YrnMKmx5_aFFZHDMPp_SaG_-Ar8eINs-JT9_dSRGwfceRKC4OfJA0fgmC1Iroz5ncVYXiEFBLJtuTtwQ91kQtWh5nHQMfO_5cH2bEdrClVHaZ2hVLaWmCAbHvEevI/s1600-h/noites+lisboetas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4fAic3j82DnqZs4YrnMKmx5_aFFZHDMPp_SaG_-Ar8eINs-JT9_dSRGwfceRKC4OfJA0fgmC1Iroz5ncVYXiEFBLJtuTtwQ91kQtWh5nHQMfO_5cH2bEdrClVHaZ2hVLaWmCAbHvEevI/s320/noites+lisboetas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401402582076075602" /></a><br /><br />Combinaram por telefone encontrar-se à porta dela. Um prédio pombalino com degraus de madeira restaurada, imaculadamente encerados. O corrimão em ferro forjado envernizado a mate incolor amparava-lhe o descer quando usava os compensados que lhe acrescentavam o resto da altura para o beijo equilibrado.<br />Ele chegou primeiro, como acontecia sempre. Pressionou o botão retro e polido da campainha…ela desceu. Ouvia-lhe os passos lentos compassados e seguros desde o bater da porta de quinto andar. A escada ecoava-lhe o chegar de forma apetecível e desejada de os ver de novo após tão grande ausência.<br />Ela tinha estado fora a preparar a colecção de inverno, em Milão. Ele de novo em missão no Iraque para um canal de informação inglês.<br />Há três meses que não se viam a não ser por vídeoconferência.<br />Ela pisava o último lance de escadas que ele conhecia de cor. Abriu a porta e ficou a olhá-la naquele descer. Nos últimos degraus deixaram olhos fixos um no outro enquanto os passos dela os aproximavam. Ambos esticaram os braços lentamente encaixando-se num gesto impetuoso. Depois num beijo leve de lábios.<br />Para não quebrarem a vontade de se sentirem juntos de novo, combinaram no inicio da relação, não falarem de nada durante o reencontro após uma ausência prolongada.<br />Conheciam o gosto de ambos em todos os cenários vividos.<br />A “Brasserie” da Alecrim era um dos restaurantes preferidos, calmo àquela hora a que costumavam jantar fora e tão próximo de casa dela. Onde quase sempre terminavam a noite.<br />Ele pediu bem passado, ela um seitan e espumante rosé para acompanhar. Ele um Romeira tinto. Continuaram a olhar-se alheios a tudo, revendo-se no desejo já vivido de voltarem a tocar-se ali por debaixo da mesa coberta com uma toalha branca a transbordar pano e margem de segurança ética.<br />Ela num vestido novo, largo e vermelho, escorrendo leve e amarrotado quase até aos joelhos, decotado a insinuar-lhe o peito.<br />Começaram pela salada de odor intenso a vinagrete, polvilhada com frutos secos. Ela, num movimento denunciado, continuava a olhá-lo. Era o convite para que ele, já descalço, posicionasse o pé no meio das pernas dela. O movimento lento ao tocá-la… provocou-lhe em menos de um minuto a intensidade suficiente para que os olhos denunciassem sem pestanejar aquele primeiro orgasmo para ele. Sempre de olhos fixos e mudos de palavras. brindaram ao primeiro dessa noite, esvaziando os copos num único gesto até à derradeira gota. com a mesma vontade e empenho que tinham sentido momentos antes.<br />Durante o resto do jantar permaneceram calados a invadir-se com o olhar. num jogo grandiosamente dominado por ambos.<br />Outro ritual fazia parte daquele reencontro. O ultimo copo era bebido, como o primeiro, de uma só vez.<br />Saíram do restaurante, trocando as mãos na cintura. Quando ela punha sapatos mais altos ele adorava colar-se, para lhe sentir ainda melhor o andar.<br />Perto da casa dela e já no regresso um concerto clássico de rua juntava várias centenas de pessoas. Encontraram um encosto de parede disponível ao fundo da plateia entre duas colunas das arcadas de uma loja.<br />O concerto recomeçou, ela fechou o olhos e deixou-se recuar até mais perto dele que de tão perto, lhe sentia o respirar na sua nuca. Um sopro de vento frio mas suave fez aninhar-se ainda mais.<br />A musica invadia toda a praça em crescendo... como ela, abraçando-o até onde a mãos chegavam. Sentiu as dele responderem a essa provocação tacteante.<br />Os bolsos do vestido não tinham fundo propositadamente. E ele sorriu ao sentir-lhe a pele convidativa das ancas na ponta dos seus dedos. Das contracções de ventre dela a cada poro estimulado. <br />Uma mulher ali mesmo ao lado apercebeu-se e olhou-a com um sorriso cúmplice.Ela voltou a fechar os olhos até se perder demorada e expectante na intensidade do próximo. Recostou a nuca no ombro dele e deixou-se levar pelo contraste daqueles dedos que sabia de cor, em crescendo até à apoteose do “coroado” estimulo final , de Mussorgsky, coro e sinos em sintonia com o que lhe vinha de dentro. Durou o tempo das palmas de toda a plateia que lhe abafaram o sussurro descontrolado. <br />Ficaram ambos na mesma posição até todos saírem da praça...sobravam ecos de concerto naquele desconcertante reencontro há muito desejado. A noite estava a começar...Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-67725464648203017722005-04-29T12:23:00.001+01:002010-04-25T01:07:14.588+01:00Primavera<a href='http://photos1.blogger.com/img/116/1194/320/primavera.jpg'><img border='0' style='border:2px solid #FFFFFF; margin:2px' src='http://photos1.blogger.com/img/116/1194/320/primavera.jpg'></a><br /> <br /> <br />Toc Toc...não respondes...tiro a chave de cobre do eterno <br />esconderijo que deixou de ser secreto…Entro sem fazer ranger<br />a madeira no chão...espreito e sigo o caminho do teu odor <br />perfumado. O GPS da tua fragrância não me trocou a latitude.<br />Encontro-te de costas com um sorriso de um sonho bom... meio<br />coberta pelo edredão cru, com símbolos chineses...aproximo-me...<br />Mexes-te… descubro-te os contornos… e que o sorriso se foi, <br />a tua boca abre-se ligeiramente...chego-me mais ...observo-te...<br />viras-te de novo... deixo a impressão digital dos meus lábios <br />sobre o teu ombro que se descobre por debaixo da almofada...<br />sinto-o mexer-se um pouco como que pedindo outro...fico a <br />olhar-te uns minutos ao som do candeeiro oriental escrevendo<br />reflexos no soalho.<br />Faço o caminho de volta pisando o mesmo trilho...fecho a porta... <br />A noite trouxe a Lua por entre as nuvens. <br />A Primavera chegou mais cedo... despida...nua.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7637497340191974765.post-19332089383151471202005-04-29T11:05:00.001+01:002010-04-25T01:07:14.591+01:00As cores de ti<a href='http://photos1.blogger.com/img/116/1194/320/arco%20iris.jpg'><img border='0' style='border:2px solid #FFFFFF; margin:2px' src='http://photos1.blogger.com/img/116/1194/320/arco%20iris.jpg'></a><br /> <br />Loiros, rebeldes, protesto selvagem, solidários com o vento <br />Verde água, ver o mundo, que outra cheia molhou<br />Rosa, do gosto de boca, de beijos assim<br />O marfim, vivo de cal e sorrisos <br />Ébano seda, de cheiro, de curvas, de toque suave<br />Vermelho, de sangue a correr como se os mundos acabassem ali<br />Azul, do teu céu, que te solta no tempo, donde teimas voltar<br />Lilás, das flores do teu vaso em janela de água furtada<br />Amarelo, do odor de limão de velas acesas<br />Negro, do prazer de olhos fechados, de nos perdermos no escuro<br />Branco, da paz, de êxtases prolongados…e múltiplos<br />E de todas as tuas outras cores que se te misturam por dentro<br /><br />Um dia…conto-te ao melhor pintor de Montmartre<br />…e deixo que te eternize. Talvez…no final da palete<br />…te redescubra o arco íris. <br /> <br /> <br />Paris, Abril 2001Unknownnoreply@blogger.com3