segunda-feira, 26 de abril de 2010

Silêncios...em ti.

Abriste a porta e entrei. Segui-te a passos curtos o odor que emanavas.
Senti-te perto e deste-me a provar-te. Tacteando com as mãos gestos vagarosos.
Desejos, palavras, emoções de primeira vez.
Tocámos, beijámos, sentimos, gostámos, descansámos
Nessa noite no caminho de volta memorizei cada pedaço teu.
Depois senti-te de novo por inteiro, entrando e aquecendo-me em ti.
Roubei-te o sussurro consentido. E o teu agarrares-me com medo que fugisse.
Tornei quadro preferido, atracar-me às tuas coxas e prender-me para sempre em ti.
Sentir-me de olhos fechados, contigo sentada sobre o meu rosto, numa humidade tropical, a descobrir uma cor de outra dimensão.
E não menos saboroso que tudo, o que afinal foi tão pouco, o aninhar-me em ti como duas peças perfeitas do puzzle em extase de reciprocidade .
Guardo os teus olhos, abertos, depois fechados confundindo-me a boca nos teus lábios.
E ficarmos nesse beijo...sempre.



                                                                                 (2007)